País registra o pior mês de abril desde 2009
Brasília - O país criou em abril 196.913 empregos com carteira assinada, um aumento de 0,49% em relação ao mês anterior, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados ontem. O número é a diferença entre 1.938.169 contratações e 1.741.256 demissões no período. Apesar do saldo mensal ser o maior desde maio do ano passado, o resultado para o mês de abril é o pior desde 2009.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o crescimento do saldo de admissões registrado em abril é representativo. "Esses todos são números que nos encorajam a dizer que nós teremos, no decorrer deste ano, um expressivo crescimento e aumento na geração de empregos", disse.
Nos últimos 12 meses, foram criados 1.087.410 de postos formais de trabalho, crescimento de 2,79% em comparação ao período anterior. De janeiro de 2011 a abril de 2013, a criação de empregos chegou a 4.139.853. De acordo com a pasta, abril foi o mês em que se verificou "crescimento generalizado" entre oito setores da economia.
A atividade de serviços liderou a geração de empregos no mês, com aumento de 75.220 postos de trabalho, representando um acréscimo de 0,46% no número de vagas. Em seguida está a indústria de transformação foi responsável pela criação de 40.603 empregos; a construção civil, 32.921; a agricultura, 24.807; o comércio, 16.631; a administração pública, 3.857; os serviços industriais de utilidade pública, 2.237, e a extrativa mineral, 637. O ramo das instituições financeiras foi o único a registrar queda na geração de empregos, perdendo 107 vagas de trabalho. A redução no mês ficou em 0,02%.
Segunda-feira, no programa semanal "Café com a Presidenta", Dilma Rousseff adiantou os dados referentes ao crescimento de empregos em abril e destacou o desempenho do setor de serviços. O resultado, de acordo com a presidenta, se deve à elevação do nível de vida dos brasileiros. "A população modifica o seu padrão de consumo, demanda mais serviços e de forma mais diversificada", explicou.
Por regiões, o Sudeste foi o que mais criou empregos em abril, com um total de 127.210, seguido pelo Sul, com 39.294; Centro-Oeste, com 29.978, e Norte, com 2.059. Já o Nordeste registrou queda de 1.628 postos de trabalho. Essa redução foi atribuída a fatores sazonais relacionados às atividades sucroalcooleiras. O Estado de São Paulo tem o número de empregados contratados no país, com 80.227 vagas preenchidas. seguido por Minas Gerais, com 23.523 novas admissões e Paraná, com 18.937. O pior resultado foi registrado em Alagoas, onde 13.646 vagas de trabalho foram fechadas.
Fonte: Agência Brasil