Minas recebeu R$ 1,8 bi do BNDES

25 de Marco de 2013
por: Leonardo Francia

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Minas Gerais no primeiro bimestre acompanharam o resultado nacional e foram recorde para o período. A agropecuária, o setor de comércio e serviços e, especialmente, a indústria puxaram os empréstimos da instituição do Estado. Na contramão, a área de infraestrutura demandou valor menor que no mesmo período de 2012.

No total, os desembolsos do BNDES no primeiro bimestre somaram R$ 1,814 bilhão contra R$ 1,485 bilhão nos mesmos meses de 2012, um crescimento de 22,2% A indústria demandou a maior parte dos empréstimos no período (34,2%), com o total de R$ 620,9 milhões, 104%, mais que o dobro, acima do montante do setor em iguais meses de 2012 (R$ 304,3 milhões).

Para o analista de negócios da Gerência de Apoio ao Crédito e Inovação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Aguinaldo de Lima Assunção, o aumento dos desembolsos do BNDES para o parque do Estado reflete o incentivo do governo federal ao setor no âmbito do acesso ao crédito com condições favoráveis.

"O fator determinante para o crescimento dos desembolsos da indústria do Estado foi o fomento do governo ao setor através de programas e linhas especiais de crédito para fazer frente a produtos, máquinas e equipamentos importados", analisou o representante do parque industrial mineiro.

Todos os segmentos do parque fabril contemplados por financiamentos do BNDES registraram crescimento em termos de desembolsos. Um dos destaques foi a indústria de alimentos e bebidas, com participação de 14,5% dentro do setor e empréstimos de R$ 89,9 milhões no primeiro bimestre, alta de 238,4% em relação aos do mesmo período de 2012 (R$ 26,6 milhões).

O melhor desempenho dentro do setor industrial, em termos de crescimento, foi o da indústria celulose e papel, com participação de apenas 1,3%, mas com um crescimento de 1049,2% nos desembolsos do primeiro bimestre (R$ 8,3 milhões) contra os de igual intervalo de 2012 (R$ 700 mil).

Em relação à participação nos empréstimos do parque produtivo no primeiro bimestre, foram a indústria de material de transportes e a metalúrgica que demandaram as maiores fatias, com 22,5% e 21,8%, respectivamente. Na mesma ordem, as evoluções destes segmentos sobre o mesmo período de 2012 foram de 102,9% e 39,2%.


Parque químico - Até mesmo o parque químico e petroquímico, que vinha registrando desempenhos pífios em termos de desembolsos, teve um resultado positivo no primeiro bimestre. No período, os empréstimos da instituição para o segmento somaram R$ 40,9 milhões contra R$ 19,1 milhões no igual intervalo do ano passado, alta de 114,4%.

A indústria extrativa contratou R$ 52,2 milhões em empréstimos do BNDES de janeiro a fevereiro, uma evolução de 171% em comparação com os desembolsos da instituição para o segmento no mesmo período do exercício anterior, que somaram R$ 19,3 milhões. Dentro do parque industrial do Estado, a participação da atividade foi de 8,4%.

 

Fonte: Diário do Comércio, 23/03/2013

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