Otimista, mercado projeta retomada do crescimento em 2013

17 de Dezembro de 2012
por: Tatiana Moraes

Depois de um crescimento pífio em 2012, com o Produto Interno Bruto (PIB) patinando na casa de 1%, as perspectivas para a economia brasileira em 2013 são otimistas. De acordo com especialistas, no ano que vem a evolução do PIB deve ultrapassar os 3,5%, ficando próxima da estimativa de 4% do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
 
A manutenção da moeda norte-americana na casa dos R$ 2,10, fator que privilegia a indústria exportadora, é outra previsão para o ano que se aproxima.
 
O presidente do Conselho Regional de Economia em Minas Gerais (Corecon), Cláudio Gontijo, avalia que, se o governotomar as decisões certas, o PIB de 2013 deve alcançar os 3,50% estimados pelo mercado no Relatório Focus do Banco Central.
 
O índice é mais de dois pontos percentuais superior ao projetado para 2012, de 1,03%.

“A economia em 2012 não foi bem, conforme o previsto, e ainda não encontramos o caminho para a retomada. A aposta é 2013”, afirma.
 
Segundo ele, continuar valorizando o dólar é o primeiro passo. Reforçar a política fiscal é outro ponto citado por Gontijo.
 
“O dólar deve ficar acima de R$ 2,10 em 2013”, avalia o presidente da Comissão de Política Econômica e Industrial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Gonçalves. Ainda de acordo com ele, muitas das medidas adotadas pelo governo surtirão efeito no ano que vem, melhorando o cenário macroeconômico.
 
Os esforços do governo, aliás, são necessários para driblar as adversidades do mercado externo. “A economia europeia está patinando. A norte-americana ainda depende de decisões para se firmar e a chinesa cresce em um ritmo inferior ao desejado”, avalia o presidente do Corecon-MG.
 
O mercado de trabalho, na avaliação do presidente do Corecon-MG, deve continuar forte. Porém, a qualidade dos postos de emprego se manterá aquém do ideal. Hoje, de acordo com ele, há um grande contingente de pessoas na condição de ‘subemprego’, ou seja, transitando entre empregados e desempregados. “São situações em que o trabalhador recebe pouco e fica poucas horas no emprego. Como se fosse um bico”, explica Gontijo.
 
Para o doutor em Economia e coordenador do curso de Relações Internacionais do Ibmec, Reginaldo Nogueira, o mercado de trabalho ficará estacionado no ano que vem. Mesmo na hipótese de redução do ritmo da produção em alguns meses, o empresariado deve manter o quadro de funcionários à espera de uma retomada. “Demitir é caro, contratar é caro, treinar pessoal é caro”, prevê.

 

Fonte: Hoje em Dia


 

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